A NATO está a pressionar os seus oito membros que não estão a cumprir o valor acordado, incluindo Portugal e Espanha, a cumprir os objetivos de investir 2% do PIB em Defesa, face à chegada iminente de Donald Trump à presidência dos EUA, conta o "El País" citando várias pessoas familiarizadas com as negociações.
Em 2014, os países da NATO comprometeram-se a dedicar dois por cento do seu PIB a despesas militares uma década mais tarde, mas há ainda vários governos que não cumprem o objetivo. No final da última semana, depois de encontros em Bruxelas, Luís Montenegro admitiu ter de acelerar o passos programados.
A guerra da Rússia contra a Ucrânia, que em 2022 desencadeou um aumento sem precedentes das despesas com a defesa e a compra de equipamento militar, e o regresso de Trump à Casa Branca, que tem sido muito crítico em relação aos países que não cumprem o objetivo traçado, levaram os 32 aliados da NATO a intensificarem os seus compromissos com os orçamentos da defesa.
Mas agora, de acordo com o "Financial Times" da última sexta-feira, a equipa de Trump tem sinalizado a ideia de aumentar o compromisso comum na NATO, como contrapartida para a manutenção do compromisso dos EUA com a organização. Segundo este jornal, Trump indicou que o objetivo deve passar para 5% do PIB - embora várias fontes da próxima administração admitam nas conversações um compromisso em torno dos 3,5%.
Há quem alerte para o facto de o novo objetivo, que, segundo o “El País”, poderá ser assinado na cimeira de Haia, em julho, ser irrealista se for a curto prazo.