No arranque do colóquio “Polícias Municipais: Segurança Urbana e Comunidades Locais”, que está a decorrer esta quinta-feira no Teatro Aberto, em Lisboa, organizado pela Polícia Municipal, Carlos Moedas disse que os números de violência aumentaram na capital e que a polarização política ajudou no crescente sentimento de insegurança sentido pelos lisboetas.
"As pessoas vêm ter comigo, sentem essa insegurança. Os números mostram que há mais violência nos crimes que são praticados".
Voltou a referir que os lisboetas o abordam na rua e confessam estar mais inseguros, motivo por que entende que "há um trabalho que tem de ser feito" para contrariar a situação.
O presidente da Câmara de Lisboa disse ainda que luta "diariamente contra a polarização, que considera ser "má" tanto na extrema-esquerda como na extrema-direita.
"A polarização dos extremos veio aqui trazer ainda mais esse sentimento, seguramente para as pessoas, do que está a acontecer na cidade", acrescentou.
O autarca esclareceu ainda que "nunca disse" que queria que a Polícia Municipal fosse um polícia criminal, mas sim que tivesse o poder de transportar pessoas "que estão a cometer um crime" para a esquadra.
Frisou que, em Lisboa e no Porto, a Polícia Municipal é composta por elementos da PSP, algo que considera "muito importante que continue".