
Os trabalhadores do Metro de Lisboa iniciam na sexta-feira uma greve às horas suplementares e eventos especiais e que terá impacto na final da Liga dos Campeões de futebol feminino, no sábado, e nos Santos Populares, segundo fonte sindical.
Em declarações, Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), adiantou que a greve ao trabalho suplementar e eventos especiais vai durar 30 dias, renovável por igual período.
Em causa está a luta pelo aumento do subsídio de almoço e redução para as 35 horas de jornada de trabalho semanal.
A sindicalista defendeu que os trabalhadores "não servem só para os eventos especiais", ao contrário da empresa, que "vive apenas para os eventos".
De acordo com a mesma, os trabalhadores exigem também a reposição imediata dos efetivos em falta, porque, "sucessivamente nos planos de atividades e orçamentos", a empresa vai pedindo trabalhadores, mas o Governo não concretiza nas áreas operacionais.
Alerta-se para a possibilidade da greve vir a ter impacto já no próximo sábado na final da Liga dos Campeões de futebol feminino e nas Festas de Lisboa, que vão decorrer durante todo o mês de junho em Lisboa.
"A empresa tem falta de efetivos e por isso precisa de recorrer a trabalho suplementar. Possivelmente, teremos tempos de espera superiores e atrasos na manutenção das composições. Tudo depende da empresa. Os sindicatos estão sempre disponíveis para negociar", disse.
Normalmente, o metro funciona entre as 06h30 e a 01h00.