
O candidato presidencial Luís Marques Mendes desafiou hoje o Governo para que no próximo Orçamento do Estado reforce as respostas dirigidas aos idosos, nomeadamente as instituições de solidariedade social, dado o envelhecimento da população portuguesa.
O candidato a Presidente da República visitou hoje o Centro de Dia Algueirão Mem-Martins, no concelho de Sintra (distrito de Lisboa). No final, em declarações à agência Lusa e ao Observador, afirmou que o "problema dos idosos é um problema sério, porque a população portuguesa está, como toda a gente sabe, a envelhecer" e considerou que "é preciso multiplicar o número de instituições como esta".
"É um desafio que se coloca ao Estado, que tem que apoiar, como apoia, como participante, e é um desafio também à sociedade civil. Precisamos de mais instituições de solidariedade social como esta, porque o problema da terceira idade é, para as famílias, um dos problemas mais sérios", porque "têm muita dificuldade de tratar dos seus idosos" e trabalhar ao mesmo tempo.
Luís Marques Mendes considerou que, mais do que estas respostas estarem contempladas no Programa de Governo (que foi aprovado na quinta-feira), devem ser vertidas no Orçamento do Estado para o próximo ano.
"Aí sim, mais do que no Programa de Governo, é que era importante reforçar os meios financeiros para investimento nesta área. Este era o desafio que eu aqui deixava, reforçar os meios financeiros para apoiar o surgimento e o crescimento de novas instituições de solidariedade social", afirmou, considerando que esta deve ser uma "prioridade muito forte".
O candidato a Presidente da República nas eleições de janeiro do próximo ano considerou que "uma coisa é o que se diz, outra coisa é o que se faz" e que o Orçamento do Estado é "o teste do algodão".
"No Programa de Governo são sempre afirmações bonitas, simpáticas, que é difícil, de modo geral, discordar. Agora, a opção de fundo é no orçamento. Se o orçamento no domínio social aumentar, temos uma boa notícia, se o orçamento não aumentar ou até regredir temos, uma má notícia".
O candidato, e antigo líder do PSD, considerou que este é um tema consensual e não lhe parece que existam "grandes divergências entre os partidos" quanto ao "surgimento e o crescimento de mais instituições de solidariedade social, quer na infância, quer sobretudo na terceira idade, porque é aí que o país mais carece, porque está a envelhecer".
"Não me parece que haja divergências, não me parece que isto seja uma questão de luta entre o Governo e a oposição", acrescentou.