
Margot Friedländer, sobrevivente do Holocausto e uma das testemunhas mais eminentes da Alemanha dos horrores do nazismo, faleceu sexta-feira, em Berlim, com 103 anos anunciou a sua fundação.
Margot Friedländer deveria ter recebido esta sexta-feira uma das mais altas condecorações alemãs, das mãos do chefe de Estado, Frank-Walter Steinmeier.
Mulher de aparência frágil, sempre vestida de forma elegante - foi mesmo capa da Vogue em 2024 - tinha regressado à cidade natal de Berlim em 2003.
Passou a dedicar a sua vida a contactar com os jovens para lhes contar a sua história e promover a empatia como antídoto contra o ódio.
Nascida Margot Bendheim, em 1921, de uma família de fabricantes de botões, seguiu uma formação em costura.
Durante o nazismo, teve os pais e o irmão assassinados nos campos de concentração.
Ela mesma foi enviada, em 1944, para o de Theresienstadt, na atual República Checa, onde encontrou o que viria a ser o seu marido, Adolf Friedländer.
Os dois sobreviveram, casaram-se foram para os EUA.
Depois da morte do esposo, em 1997, encontrou o produtor alemão Thomas Halaczinsky, que lhe propôs ir a Berlim para rodar um documentário sobre a sua vida.
Em 2010, regressou definitivamente a Berlim.