O nome da antiga ministra das Finanças deverá ser, segundo está a avançar o jornal online ECO, um dos quatro propostos pelo ministro Joaquim Miranda Sarmento para o Conselho Consultivo.
Desta lista fazem parte Cecília Meireles, antiga deputada do CDS-PP, Filipe Santos, da Universidade Católica Portuguesa, e João Pedro Nunes do ISCTE.
Nomes que, sublinhe-se, terão ainda de ser aprovados em Conselho de Ministros.
Estas nomeações acontecem pouco depois dos problemas entre o Governo e o governador do Banco de Portugal (BdP). Em causa está a polémica relacionada com os salários.
Salário de Rosalino ‘levantou a lebre’
A intenção do ministro é analisar os atuais vencimentos da administração liderada por Centeno. O que acontecerá depois, se se vão manter ou se vão descer, não se sabe.
A verdade é que a questão surge depois de ser tornado público o salário - de quase 16 mil euros - do consultor no BdP, Hélder Rosalino, que foi nomeado para o cargo de secretário-geral do Governo.
Quando a nomeação para um cargo cujo valor a pagar seria fixo foi desvendada também uma alteração ao decreto publicado no dia 26 de dezembro de 2024, e que passava a admitir expressamente a manutenção do salário de origem.
Durante três dias, o salário do antigo governante foi notícia. Quem paga, quem devia pagar, é muito alto o valor, é justo, eram as questões em cima da mesa, sobretudo depois de o próprio BdP emitir um esclarecimento no qual era claro: “O Banco de Portugal não assume qualquer despesa relativa à remuneração do Secretário-Geral do Governo, tal como decorre das regras do Eurosistema sobre a proibição de financiamento monetário”.
Hélder Rosalino acabou por sair de cena, manifestando diretamente ao Governo a sua indisponibilidade para assumir o cargo. E, apesar de já ter sido nomeado Carlos Costa Neves para o lugar e de terem sido afastadas novas polémicas com remunerações, a questão do salário de Hélder Rosalino continua a incomodar… .