A Região Autónoma da Madeira, com destaque para o Funchal, é a segunda região portuguesa com valor das rendas por metro quadrado mais alto, logo atrás de Lisboa, superando Setúbal, Algarve e Porto, as outras três regiões que estão com valores acima da média nacional. "O valor das rendas situou-se acima do valor nacional (8,22 €/m2) nas sub-regiões Grande Lisboa (13,16 €/m2), Região Autónoma da Madeira (10,44 €/m2), Península de Setúbal (10,24 €/m2), Algarve (9,92 €/m2) e Área Metropolitana do Porto (9,12 €/m2)", adianta esta manhã o INE.

Os dados referem-se ao valor das rendas nos primeiros três meses de 2025. Mas há mais. "No 1.º trimestre de 2025, em relação ao período homólogo, a renda mediana apenas decresceu na sub-região Alentejo Central (-0,4%). A Região Autónoma da Madeira (25,3%) e o Alentejo Litoral (22,9%) destacaram-se com as maiores variações homólogas, superiores a 20%", sendo que "das cinco sub-regiões NUTS III com valores medianos de rendas superiores ao nacional, três registaram igualmente uma variação homóloga superior à observada para o conjunto do país (10,0%): Região Autónoma da Madeira (25,3%), Algarve (13,0%) e Área Metropolitana do Porto (12,3%)", frisa o Instituto Nacional de Estatística.

Funchal é sétimo município mais caro para alugar casa

No 1.º trimestre de 2025, Funchal está entre os 16 de 24 municípios com mais de 100 mil habitantes que "apresentaram taxas de variação homóloga do número de novos contratos superiores à nacional (-10,4%), destacando-se Barcelos (4,2%) e Setúbal (3,0%), os únicos municípios com variações homólogas positivas. Por outro lado, "o número de novos contratos apresentou decréscimos iguais ou superiores a 15% nos municípios de Vila Nova de Gaia (-17,8%), Santa Maria da Feira (-16,6%) e Loures (-15,0%)".

Nesse período, "todos os municípios com mais de 100 mil habitantes da Grande Lisboa e da Península de Setúbal registaram rendas medianas superiores à nacional (8,22 €/m2), mas taxas de variação homóloga diferenciadas. Deste conjunto, destacaram-se, com valores de novos contratos de arrendamento mais elevados e aumento homólogo do valor das rendas inferior ao do país (10,0%), os municípios de Lisboa (16,00 €/m2 e 5,1%), Cascais (14,72 €/m2 e 1,1%), Oeiras (13,89 €/m2 e 4,2%), Amadora (12,20 €/m2 e 9,7%), Almada (11,98 €/m2 e 5,0%), Vila Franca de Xira (9,90 €/m2 e 5,7%) e Setúbal (9,33 €/m2 e 4,6%)", realça o INE. E na Área Metropolitana do Porto, "os municípios do Porto (12,94 €/m2 e 8,5%) e Matosinhos (10,79 €/m2 e 6,2%) registaram rendas medianas superiores à referência nacional e variações homólogas inferiores. Nesta sub-região, apenas os municípios de Vila Nova de Gaia (9,91 €/m2 e 15,2%) e Maia (8,83 €/m2 e 18,0%) apresentaram simultaneamente rendas e taxas de variação homóloga superiores à do país".

Por fim, salienta, "entre os restantes municípios com mais de 100 mil habitantes, apenas o Funchal (11,34 €/m2 e 17,1%) e Coimbra (8,67 €/m2 e 10,9%) apresentaram um valor mediano de renda e uma taxa de variação homóloga superiores às referências nacionais. Braga (7,45 €/m2 e -0,9%) foi o único município a registar um decréscimo no valor mediano da renda, relativamente ao trimestre homólogo", destacando-se o facto de a capital madeirense ter tido o maior aumento percentual no valor por m2 entre os maiores municípios, situando-o em 7.º no valor cobrado, subindo uma posição face ao 4.º trimestre de 2024. Há um ano, o Funchal ocupava a 10.ª posição.

"Assistiu-se a uma subida das taxas de variação homóloga em 16 municípios, destacando-se, deste conjunto, os municípios de Gondomar (+17,2 p.p.), Funchal (+13,2 p.p.) e Odivelas (+10,5 p.p.)", acrescenta, num referencial que calcula a renda mediana por m2 de novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares e a taxa de variação homóloga correspondente nos municípios com mais de 100 mil habitantes.