
O Presidente do Brasil, Lula da Silva, voltou, este domingo, a classificar de "genocídio" a ofensiva militar de Israel contra a Palestina, numa declaração durante um evento político do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
"É uma guerra que nem o povo judeu quer, é um genocídio, é uma vingança e é um Governo contrário à criação de um Estado palestiniano" que usa como desculpa o "massacre" cometido pelo grupo Hamas em outubro de 2023, declarou Luiz Inácio Lula da Silva, citado pela agência EFE.
Após essas palavras, o cehfe de Estado leu diante dos militantes do PSB uma nota oficial divulgada este domingo pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, que repudia a decisão de Israel de autorizar 22 novos colonatos na Cisjordânia ocupada.
Segundo a nota, a área onde foram autorizados esses novos colonatos "é parte integrante do Estado da Palestina", e por isso, o anúncio de Israel "constitui uma flagrante violação do direito internacional".
"Brasil repudia recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo Governo israelita"
Lula da Slva acrescentou que esta decisão "está em contradição direta com o parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilegal a presença continuada de Israel em território palestiniano ocupado".
De acordo com o comunicado, "o Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo Governo israelita, que, ao impor situação equivalente à anexação dos territórios palestinianos ocupados, comprometem a implementação da solução de dois Estados".
O Ministério das Relações Exteriores também reafirma o "compromisso histórico" do Brasil com a solução de dois Estados.
Tal como condenou a ação terrorista do Hamas em outubro de 2023, Lula da Silva e o seu Governo têm mantido uma crítica constante ao que consideram ser a "resposta desproporcionada" de Israel.
Em fevereiro de 2024, o Presidente brasileiro chegou a comparar a ofensiva militar em Gaza ao Holocausto nazi, tendo sido declarado persona 'non grata' pelo Governo israelita.
Com Lusa