A Ucrânia anunciou hoje que recuperou os corpos de 909 soldados ucranianos mortos em combate, após uma troca semelhante ocorrida no final de março, a maior desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022.

"Os corpos de 909 defensores ucranianos mortos em combate foram devolvidos à Ucrânia", informou a Sede de Coordenação para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra na rede social Telegram.

Em 28 de março, a Ucrânia e a Rússia também trocaram restos mortais de soldados, tendo Kiev recebido o mesmo número, 909, enquanto Moscovo anunciou o regresso de 43 dos seus soldados mortos.

A troca de corpos de militares, bem como de prisioneiros de guerra, é uma das poucas áreas de cooperação entre Moscovo e Kiev.

Tanto Moscovo como Kiev têm sido discretos quanto às suas próprias perdas militares.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, falou, na segunda-feira, sobre "milhões de pessoas mortas" no conflito, dividindo a responsabilidade pela guerra entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o Presidente russo, Vladimir Putin.

O próprio líder ucraniano declarou, em meados de fevereiro, no canal norte-americano NBC, que mais de 46 mil dos seus soldados foram mortos e outros cerca de 380 mil ficaram feridos.

Vários meios de comunicação social, citando fontes ocidentais, noticiaram números muito variados, entre 50.000 e 100.000 mortes em combate.

Por seu lado, a Rússia não reporta as suas perdas desde o outono de 2022, quando reconheceu menos de 6.000 soldados mortos.

O site independente Mediazona e o serviço russo da BBC dizem que, até ao momento, foram identificados cerca de 100 mil soldados russos mortos.