
É mais um dos que se juntam ao movimento de celebridades que fizeram as malas para deixar os EUA depois da reeleição de Trump. O apresentador norte-americano, de 57 anos, recorreu às raízes italianas para adquirir cidadania.
Depois da agência de notícias italiana Ansa ter revelado que Kimmel obteve a cidadania italiana no início deste ano, após comprovar sua linhagem ancestral, o apresentador explicou o porquê de a ter solicitado no podcast The Sarah Silverman.
"O que está a acontecer é tão mau quanto imaginavamos. É muito pior, é simplesmente inacreditável. Acho que provavelmente é ainda pior do que ele [Donald Trump] gostaria que fosse", disse o nova-iorquino.
Kimmel falou da sua herança cultural em junho, num evento do Dia da República Italiana em Los Angeles, revelando que os pais do seu avô se tinham mudado de Ischia, uma ilha na costa de Nápoles, para Nova Iorque, depois do sismo de 1883 ter matado a maior parte da família.
Graças à avó materna Edith, adquiriu a cidadania italiana. E a obtenção da cidadania não é inocente: caso necessite, Kimmel sairá dos EUA. No podcast de Silverman, Kimmel disse ainda que quem votou em Trump e se arrependeu ou que, entretanto, se opôs à agenda do Presidente, deve ser apoiado.
Kimmel é um dos vários apresentadores de programas noturnos, onde se incluem John Oliver, Jon Stewart e Stephen Colbert (cujo programa foi cancelado), que usam regularmente seus programas como plataforma para criticar o governo Trump.
Em maio, por exemplo, o 'The Late Show with Stephen Colbert' foi cancelado pela CBS logo após o apresentador ter criticado a decisão da emissora de fechar um acordo judicial milionário com Trump.
Poucos dias depois deste acordo, que resultou no cancelamente do programa de Colbert, o Presidente dos EUA escreveu: "Jimmy Kimmel é o próximo."
Na rede social Truth Social Trump, acrescentou ainda: "[Kimmel] tem menos talento que Colbert."