O exército israelita anunciou este domingo ter bombardeado "uma instalação energética" utilizada pelos rebeldes Huthis em Sanaa, no Iémen, no mais recente ataque contra os rebeldes iemenitas que lançaram vários mísseis contra Israel.

No Iémen, uma fonte da Defesa Civil, citada pela televisão Huthi Al-Massira, relatou "uma agressão" contra uma central elétrica em Sanaa, a capital controlada pelos rebeldes.

"Tsahal (exército israelita) realizou um ataque a cerca de 2.000 quilómetros de Israel, no coração do Iémen, visando uma infraestrutura energética utilizada pelo regime terrorista Huthi", indicou o exército israelita em comunicado.

"Estes ataques foram realizados em resposta às repetidas ofensivas" conduzidas pelos Huthis "contra o Estado de Israel e os seus cidadãos, incluindo o lançamento de mísseis terra-terra e de drones", acrescentou.

Segundo a mesma fonte, os rebeldes Huthis "atuam sob a direção e o financiamento do regime iraniano, com o objetivo de prejudicar o Estado de Israel e os seus aliados", e "levam a cabo atividades terroristas contra o transporte marítimo mundial e as rotas comerciais".

O exército afirmou ainda estar "determinado a eliminar qualquer ameaça contra Israel, onde quer que seja necessário".

Apoiados pelo Irão, inimigo jurado de Israel, os Huthis lançam regularmente ataques com mísseis e drones contra Israel, afirmando agir em solidariedade com os palestinianos de Gaza.

O território palestiniano está devastado por uma guerra desencadeada por um ataque do movimento islamita Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023. A ofensiva de represálias israelita causou dezenas de milhares de mortos em Gaza e provocou uma catástrofe humanitária.

Israel já realizou vários ataques de retaliação no Iémen, atingindo zonas sob controlo dos Huthis, incluindo portos no oeste do país e o aeroporto de Sanaa.