No comunicado, o Estado-Maior das Forças Armadas Cabindesas (FAC) "denuncia com firmeza a incursão das Forças Armadas Angolanas (FAA) no território da República Democrática do Congo, mais concretamente no território de Tshela, província do Kongo Central, nas aldeias congolesas de Kimbanza-Mbemba e Mbuku-Yola".

"Estes atos tiveram lugar na quarta-feira, 25 de junho de 2025, às 06:30 (mesma hora em Lisboa), nas aldeias de Kimbanza-Mbemba e Mbuku-Yola, situadas no território de Tshela, província do Kongo Central", detalha na nota assinada pelo tenente-general João Cruz Mavinga Lúcifer, chefe da direção das Forças Especiais das FAC.

O Estado-Maior das FAC acrescenta que às 05:00 de hoje "eclodiram violentos combates entre as Forças Armadas Cabindesas e as forças armadas de ocupação das FAA, perto da fronteira de Kisungu, entre a aldeia democrático-congolesa de Mbuku-Yola, que alega terem resultado na morte de 12 soldados angolanos.

Os independentistas cabindas condenam o que classificam como "violações da soberania" da RDCongo e apelam "à comunidade internacional para que tome medidas adequadas contra estes atos de agressão transfronteiriça".

A FLEC-FAC reivindica há vários anos a independência do território de Cabinda, província no norte de Angola, de onde provém grande parte do petróleo do país, evocando o Tratado de Simulambuco, de 1885, que designa aquela parcela territorial como protetorado português.

EL // MLL

Lusa/Fim