
Perto de dois mil bombeiros, apoiados por 600 meios terrestres, estão esta sexta-feira a combater os fogos que continuam ativos no país, de acordo com a informação disponibilizada no portal da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Dos quatro incêndios considerados significativos pela página da ANEPC às 6h30 desta sexta-feira, três continuam ativos, nomeadamente os incêndios de Ponte da Barca, Penafiel, e Arouca. Já em Paredes, a situação encontra-se neste momento em fase de resolução, estando mobilizados pouco mais de 100 operacionais no terreno.
O incêndio de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, é agora o que mais preocupa, mobilizando mais de 600 bombeiros e 200 meios terrestres. Durante a noite desta quinta-feira, este fogo, que lavra desde sábado, agravou substancialmente. A Proteção Civil descreveu-o como "extremamente complexo" e a falta de acessos obrigou, inclusive, ao transporte de bombeiros de helicóptero para debelarem as chamas.
Além disso, o incêndio em Ponte da Barca galgou uma estrada municipal, devido a uma "imprevisibilidade". Como resultado, o fogo no cimo da encosta desceu até Paradela onde ficou descontrolado. Cerca de 60 pessoas de duas aldeias (Sobredo e Paradela) foram retiradas das suas casas, por razões de segurança, face à proximidade das chamas.
No incêndio que está ativo desde segunda-feira em Arouca, distrito de Aveiro, há uma frente na qual os bombeiros concentram todos os esforços. Mais de 400 operacionais estão ainda no terreno, apoiados por mais de 150 meios terrestres.
Em Penafiel, a noite foi mais tranquila, depois das preocupações do final da tarde. O incêndio esteve muito próximo da aldeia de Canelas. Houve habitações em risco, mas os bombeiros conseguiram evitar o pior. Esta manhã, mais de 200 operacionais mantêm-se no combate a este fogo.
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A última semana tem sido de bastante sobressalto para os moradores que temem reacendimentos em Arouca e Cinfães. À SIC Notícias, assumem que passam noites sem dormir e lamentam que os fogos continuem a destruir as terras todos os anos.
"Faz-se o que se pode", indicou um morador. Outro revela que já há registo de muitos prejuízos, de "casas que arderam, armazéns, animais, alimentação... foi tudo".