
“Enquanto houver madeirenses e porto-santenses que queiram mudar o sistema, nós vamos estar cá”, foi desta forma que João Côrte Fernandes terminou a sua intervenção, em reação ao fecho da contagem dos resultados do Arquipélago que deram uma subida em relação aos resultados das eleições regionais anteriores, mas que revelçam uma diminuição se comparados com as últimas legislativas para a Assembleia da República. A frase demostra a posição da IL em relação aos resultados, mas também o compromisso a longo-prazo. O partido veio para ficar e vai fica à espera da oportunidade para reformar o país.
“Não era o resultado que esperávamos, não era o resultado que acho que merecíamos”, afirmou o coordenador da IL. Gonçalo Maia Camelo interveio primeiro para destacar a qualidade da lista e a campanha realizada. Na análise do número um do partido na Madeira, os pequenos partidos foram penalizados e os resultados foram “inesperados”, assumiu, referindo-se à subida do Chega, que assume nestas eleições antecipadas a segunda posição em termos de resultados na Madeira. “Passou de sete mil votos há dois meses para mais de vinte mil votos e portanto foi, digamos, foi um acto eleitoral com resultados surpreendentes”.
Gonçalo Maia Camelo afirmou que não se dão por satisfeitos. Acredita que a IL tem futuro e tem um papel no futuro político do país.
João Côrte Fernandes apoiou-se nos resultados nacionais para frisar o crescimento em votos, percentagem e número de deputados. “O país começa a ouvir a voz da responsabilidade, a voz do crescimento, a voz da liberdade, a voz da IL”, declarou. E garantiu que em relação à autonomia, mesmo sem a eleição de um deputado da Madeira, a IL a nível nacional defenderá os interesses dos madeirenses. “Nós sabemos que os nossos colegas eleitos pela IL estarão sempre alinhados com os novos valores e com os nossos ideais e vão sempre propor mais autonomia fiscal, mais liberdade de decisão e mais poder local, menos dependência de Lisboa”, comprimeteu.
Assumiu também que preferia um resultado melhor, tendo assumido que reflectiu o crescimento da AD e do Chega.
A terminar, reafirmou que o foco do seu partido é construir um Portugal e uma Madeira com mais liberdade, mais autonomia e menos dependência. “Nós trabalhamos com quem cria valor, não com quem vive da política. A nossa equipa representa a Madeira real”, afirmou. "A luta liberal não termina hoje", garantiu.
Logo depois das declarações e conhecidos os votos, as cerca de duas dezenas de militantes que se reuniram para acompanhar os resultados começaram a desmobilizar.