
Através de comunicado enviado hoje à imprensa, a Iniciativa Liberal denunciou o que considera ser a grave situação habitacional que atravessa o concelho de Santa Cruz, considerando que a falta de políticas municipais adequadas, do JPP, está a provocar o êxodo da população jovem e a comprometer o futuro do território.
Segundo o partido, os preços de arrendamento praticados estão completamente desajustados dos rendimentos da população local, numa altura em que a inflacção habitacional e a pressão exercida pelo alojamento turístico tornam impossível aos jovens estabelecerem-se no concelho onde nasceram e cresceram.
A IL aponta ainda o dedo à burocracia excessiva, aos impostos elevados e à ausência de incentivos como factores que estão a bloquear a reabilitação urbana, agravando assim a escassez de habitação disponível.
Face a este cenário, a Iniciativa Liberal apresenta um conjunto de medidas que considera essenciais para inverter a tendência de despovoamento. Entre as propostas destacam-se a criação de um programa de vouchers municipais destinado ao arrendamento jovem e a implementação de incentivos fiscais para a reabilitação urbana, desde que incluam cláusulas que garantam o uso acessível dos imóveis.
O partido defende ainda o estabelecimento de parcerias com promotores privados, com o objectivo de aumentar a oferta de habitação a preços controlados, dando prioridade às freguesias onde existem imóveis devolutos.
"Fala-se muito em atrair juventude, mas sem habitação acessível não há futuro. Santa Cruz está a falhar com a sua população mais jovem, e está a hipotecar o seu amanhã", afirmou João Côrte Fernandes, candidato da IL à Câmara Municipal de Santa Cruz.
A estratégia da IL passa por implementar uma política habitacional que coloque as pessoas no centro das decisões, promovendo a liberdade de escolha dos cidadãos. O partido compromete-se também a fazer um uso mais eficiente dos fundos europeus disponíveis e a simplificar a legislação urbanística.
O objectivo é quebrar o que a IL considera ser um círculo vicioso da "estagnação e do êxodo juvenil", criando condições para que as novas gerações possam construir o seu futuro no concelho, evitando assim o agravamento do despovoamento, da dependência intergeracional e da exclusão social.