
O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD Hugo Carneiro acusou esta sexta-feira no Porto o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos de seguir uma estratégia semelhante à do Chega na forma como critica o Governo.
Em causa estão as críticas de Pedro Nuno Santos e do líder do Chega, André Ventura, à inclusão de Hernâni Dias, ex-secretário de Estado que se demitiu devido a uma polémica com uma empresa imobiliária, nas listas do PSD às legislativas.
"Se Luís Montenegro também está por que é que Hernâni Dias não haveria de estar?", questionou o líder socialista..
Na resposta, o deputado social-democrata quis "lamentar e censurar veementemente este comportamento da parte [do líder] do Partido Socialista".
"Gostava de recordar também que esta atitude de Pedro Nuno Santos é muito semelhante àquilo que o Chega vem fazendo desde há muito tempo a esta parte e aquilo que é novidade é que o Partido Socialista não costumava ter este tipo de atitude, lançando lama para cima do nome das pessoas, que é isso que Pedro Nuno Santos tem vindo a fazer", acusou Hugo Carneiro.
PS está "completamente perdido"
Para o responsável do PSD, "isso só pode ser justificado por um fator", por o PS "estar completamente perdido".
"Gostava de recordar que nem Hernâni Dias nem Luís Montenegro são arguidos, condenados ou estão em qualquer outra qualidade que coloque em causa a sua ética ou a sua vulnerabilidade", insistiu.
Hugo Carneiro lembrou depois que "Pedro Nuno Santos saiu do Governo de António Costa por ter aprovado por WhatsApp uma indemnização a Alexandra Reis de 500 mil euros e, na altura, saiu por indecente e má figura do governo do Partido Socialista".
"Já quando era candidato a primeiro-ministro, uns meses mais tarde, disse que tinha saído do Governo e, portanto, que tinha assumido essa responsabilidade e isso não impedia que ele próprio fosse candidato a primeiro-ministro por parte do Partido Socialista", acrescentou.
Neste contexto, Hugo Carneiro acusou o líder socialista de ter "dois pesos e duas medidas" e de "exigir para os outros aquilo que não exige para ele próprio".