
26 países, na maioria europeus, comprometeram-se esta quinta-feira com uma "força de segurança" em caso de um acordo de paz no conflito da Ucrânia, anunciou o Presidente francês.
De acordo com Emmanuel Macron, o grupo de países, reunidos em Paris e por videoconferência no âmbito da Coligação dos Dispostos, prontificou-se para prestar garantias de segurança às autoridades da Ucrânia, estando "presentes em terra, no mar ou no ar".
Esta força "não tem intenção nem objetivo de travar qualquer guerra contra a Rússia", frisou o Presidente francês à imprensa, referindo que os Estados Unidos foram também "muito claros" sobre a sua disponibilidade para participar no apoio à decisão hoje tomada pelo grupo de aliados de Kiev.
"Não há dúvida sobre isso", declarou Macron, que remeteu os detalhes sobre o "apoio americano" para os próximos dias.
Aliados reunidos em Paris
O líder francês, que copresidiu com o primeiro-ministro britânico, Keith Starmer, à reunião de mais de 30 países da coligação, incluindo Portugal, observou que não se pretende que as forças a destacar estejam presentes na linha da frente, mas "prevenir qualquer nova grande agressão" por parte da Rússia e garantir "uma segurança duradoura da Ucrânia".
Sem entrar em pormenores, Macron observou que os membros da Coligação dos Dispostos confirmaram "o que estavam disponíveis a fazer, cada um no seu papel, complementando-se" nas garantias de segurança, que são exigidas por Kiev como condição para um acordo de paz com Moscovo.
"Agora, vamos dar continuidade a este trabalho. Nos próximos dias, vamos finalizá-lo com os Estados Unidos para obter detalhes sobre o apoio que prestam, desde a monitorização ao cessar-fogo e a todas estas linhas de segurança", prosseguiu o chefe de Estado francês.
Posteriormente, explicou que serão formalizados os textos políticos, o que significa "um acordo de paz duradouro e, sem dúvida, um acordo multilateral ou uma série de acordos bilaterais de apoio".
Emmanuel Macron assinalou ainda que os compromissos assumidos em Paris "vão muito além" dos acordos de solidariedade e apoio assinados com a Ucrânia até à data.
"É um plano militar que detalha os contributos que estamos dispostos a dar ao Exército ucraniano", afirmou, dando conta de "uma formalização operacional" já assumida e que será agora concretizada na parte jurídica e política, a ser coordenada com um tratado de paz.
Após a reunião, Macron e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que esteve presente em Paris, e vários outros líderes da coligação tiveram uma conversa com o Presidente norte-americano, Donald Trump.