
Henrique Gouveia e Melo, candidato à Presidência da República, defendeu esta quinta-feira a necessidade de se reforçar o orçamento da defesa perante a “agressão em curso na Europa”. “Tem de aumentar, não porque haja uma desejo dos militares ou do lóbi militar para que isso aconteça mas porque há um agressor dentro da Europa que preocupa os países europeus, e nós, em termos de defesa coletiva, temos de nos preocupar com isso”, comentou.
Recorde-se que os países da NATO acordaram esta semana um aumento do investimento para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na área da Defesa até 2035. Sem assumir uma posição sobre a percentagem, Gouveia e Melo disse ser “assunto da governação” e “uma meta muito ambiciosa”, mas também refletiu sobre o valor dado à segurança europeia, liberdade e “capacidade de resistir a autocracias e que nos imponham vontade exterior”.
O almirante na reserva defendeu que a defesa ser prioritária “não significa que tenha de afetar outras prioridades”. “De forma ideal, teríamos de encontrar processos de eficiência e de reinvestimento na própria economia que compensassem esse investimento na defesa”, comentou. Referindo a necessidade de os governos investirem “de forma inteligente”, apontou para a aposta em áreas de duplo uso em termos tecnológicos que aumentassem a capacidade tecnológica do país e gerassem retorno para a economia.