"Foi uma decisão difícil de ser tomada, mas ainda bem que foi tomada, porque hoje a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está numa situação bastante diferente", afirmou Maria do Rosário Ramalho , que esteve hoje a ser ouvida na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, na sequência de um requerimento do Chega sobre as saídas e entradas em cargos diretivos da função pública, concretamente em organismos tutelados pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Durante a audição, a ministra reiterou que desde que lidera o ministério houve um total de 40 mudanças em cargos dirigentes (superiores e intermédios), sendo sete na sequência de exonerações por iniciativa da tutela, recusando leituras de "dança de cadeiras".
Dos 40 cargos de dirigentes referidos, Maria do Rosário Palma Ramalho referiu que 28 correspondem a dirigentes superiores, dos quais 18 são de pessoas que foram nomeados sem que o antecessor tenha sido exonerado e que resultam de situações diversas.
Entre estas há "nove pessoas que foram substituídas, porque já estavam em gestão quando chegámos, portanto já tinham terminado o seu mandato" e "seis que saem da comissão de serviço por iniciativa própria", especificou a ministra, dando como exemplo desta última situação a presidente do Instituto da Segurança Social (ISS).
A presidente do ISS, Ana Vasques, apresentou a demissão em 17 de maio do ano passado por entender que o atual Governo demonstrou "falta de confiança", leitura que a ministra recusou.
Nas sete exonerações por iniciativa da tutela incluem-se cinco da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), bem como o presidente do Instituto de Informática e o coordenador do plano de ação para o envelhecimento ativo e saudável.
Nestes 28 cargos, há ainda três para os quais não foram nomeados novos dirigentes.
Relativamente aos dirigentes intermédios, a ministra contabilizou 12 movimentos, notando que nenhuma nomeação ocorreu na sequência de exonerações, recusando críticas de "dança de cadeiras".
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