Na rede social X, esta organização, que descreve o acontecimento como um sequestro, responsabilizou o governo do Presidente Nicolás Maduro, que acusou de levar a cabo uma "onda de desaparecimentos de dirigentes e ativistas dos direitos humanos na terça-feira".

"Márquez, tal como a maioria dos venezuelanos, não apoiou a fraude de Maduro a 28 de julho. Ele não cometeu nenhum crime. Exigimos que ele apareça agora e seja libertado imediatamente", acrescentou a VP.

O incidente segue-se à detenção, também terça-feira, de seis políticos da oposição, bem como ao alegado desaparecimento do ativista Carlos Correa e ao "sequestro" do genro do líder da oposição Edmundo González Urrutia, Rafael Tudares, em Caracas.

Márquez, também ex-vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e ex-deputado, exigiu repetidamente a publicação dos registos de votação de julho e rejeitou a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que validou a controversa reeleição de Maduro, tal como proclamada pelo órgão eleitoral.

A 31 de dezembro, Márquez garantiu que a "vontade política de mudança" dos venezuelanos está intacta, apesar do facto de tanto a CNE como o TSJ - disse - se terem "colocado à margem" da Constituição.

A oposição maioritária, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), denuncia a fraude eleitoral e reclama a vitória para o seu candidato, Edmundo González Urrutia, que diz poder provar com 85,18% dos resultados, que assegura ter recolhido no dia das eleições graças a testemunhas e aos membros das mesas de voto colocados nas assembleias de voto.

 

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