
O eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral defendeu a necessidade de uma "Política de Coesão com um orçamento robusto" durante o debate em sessão plenária em Estrasburgo, onde foi discutido o relatório de iniciativa sobre o Nono Relatório sobre a Coesão Económica e Social, que contou com a presença do vice-presidente executivo da Comissão Europeia para a Coesão e Reformas, Rafaele Fitto.
O referido relatório os principais desafios e prioridades da Política de Coesão no período pós-2027, e destaca, entre outras prioridades, a importância de uma abordagem mais flexível, eficaz e próxima dos territórios, bem como o reforço da dimensão territorial e da participação das autoridades locais e regionais.
O parlamentar europei natural dos Açores recordou que "cada euro investido através desta política deverá ser multiplicado por três até 2040". E acrescentou que "tal só será possível se envolvermos as autoridades regionais e locais numa abordagem multinível no seu desenho e gestão, respeitando o princípio da subsidiariedade e de parceria".
Sublinhando o papel central da coesão no projecto europeu, o eurodeputado afirmou que "a Política de Coesão deve continuar a ser o principal instrumento no combate às desigualdades regionais".
Paulo do Nascimento Cabral reiterou que "as Regiões Ultraperiféricas, com os seus desafios estruturais permanentes, devem continuar a ter uma abordagem específica, como estabelecido no artigo 349.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, mas são também territórios de elevado potencial estratégico para a União, com condições únicas para liderar processos de inovação territorial".
O eurodeputado defendeu igualmente que "é essencial que a Comissão Europeia promova sempre avaliações de impacto nessas regiões, de novas propostas legislativas, para evitarmos erros como o ETS e sobrecargas regulatórias que possam comprometer o seu desenvolvimento económico e social".
No final, lançou um repto à Comissão Europeia, com vista à implementação de um POSEI transportes.