Após “um intenso processo negocial que durou cerca de três meses”, o Governo e seis associações sindicais representativas dos Bombeiros Sapadores chegaram, esta quarta-feira, a acordo.

À saída, o ministro destacou que se trata de “um bom acordo” que prevê um “aumento global de 37%” num carreira que, sublinhou, “não era revista há 22 anos”.

“Eles [os Sapadores que assinaram o acordo] estão de parabéns, souberam fazer uma luta insistente, mas souberam também compreender os limites que o Governo tem. Foi o caso, Governo foi até ao limite”, afirmou Castro Almeida.

Do outro lado, a plataforma sindical, constituída por vários sindicatos - Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), o Sindicato Nacional da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionárias e Afins (STAL) e o Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) - salienta, em comunicado, “a significativa valorização das condições remuneratórias da carreira” após “duas décadas de reivindicações”

“(…) e deixa abertas as portas para continuar a negociar as restantes matérias constantes no respetivo Estatuto Profissional”, lê-se no comunicado.

Acontece que, aquele que diz ser o sindicato mais representativo do setor, o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS), e o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil, ficaram de fora deste acordo.

O acordo prevê uma revisão da tabela remuneratória, que se vai processar de forma faseada entre janeiro de 2025 e janeiro de 2026, e a criação de um novo suplemento, designado por suplemento do bombeiro sapador, que será calculado sobre o vencimento base com um aumento faseado - 10% em 2025, 15% em 2026 e 20% em 2027, no caso dos praças.