Recep Tayyip Erdogan transmitiu, em conversa telefónica, ao chanceler alemão, Friedrich Merz, que "a espiral de violência desencadeada pelos ataques israelitas [ao Irão]" põe em perigo a região e a Europa, em termos de potencial migração e fugas nucleares", indicou a presidência da Turquia num comunicado divulgado na sua conta da rede social X.

O chefe de Estado turco sublinhou que "a mesa de negociações é a única forma de resolver as divergências nucleares com o Irão" e acrescentou que "o conflito iniciado pelo ataque de Israel ao Irão elevou ao nível máximo a ameaça à segurança regional".

"Erdogan acrescentou que a Turquia tem agido e continuará a agir para a cessação dos conflitos e o estabelecimento da calma", segundo a presidência turca, que acrescentou que as "relações bilaterais e outras questões regionais" também foram discutidas durante o telefonema.

Israel lançou na madrugada de 13 de junho uma ofensiva sobre o Irão, argumentando que o avanço do programa nuclear iraniano e o fabrico de mísseis balísticos por Teerão representam uma ameaça direta à sua segurança.

Desde então, aviões israelitas atacaram uma série de infraestruturas estratégicas, incluindo sistemas de defesa aérea, instalações de armazenamento de mísseis balísticos e as centrais nucleares de Natanz, Isfahan e Fordow, e foram também eliminados comandantes da Guarda Revolucionária, chefes dos serviços secretos e cientistas ligados ao programa nuclear iraniano.

As autoridades da República Islâmica indicaram que os bombardeamentos já fizeram pelo menos 232 mortos e 1.800 feridos, ao passo que o Governo israelita informou que os mísseis lançados pelo Irão em retaliação causaram a morte de 24 pessoas em território israelita.

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