Jovens engenheiros entre os 19 e os 25 anos ligados às empresas de Elon Musk estão a ajudar o homem mais rico do mundo a desempenhar o seu papel de czar da Administração Trump no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, no acrónimo em inglês, como a nome da criptomoeda), escreve a revista “Wired”.

Trata-se de um grupo de jovens com pouca ou nenhuma experiência em órgãos de governo — um deles ainda está na faculdade — que estão a assumir cargos importantes no DOGE, cujo objetivo é “desmantelar a burocracia governamental, reduzir a regulamentação excessiva, cortar nas despesas desnecessárias e reestruturar as agências federais”, como já explicou Donald Trump.

Os engenheiros em causa são Akash Bobba, Edward Coristine, Ethan Shaotran, Gavin Kliger, Gautier Cole Killian, Luke Farritor e Marko Elez. Este último, que já trabalhou em duas empresas de Musk, tem acesso direto ao sistema de pagamentos do Bureau of the Fiscal Service, agência governamental que pertence ao Departamento do Tesouro, segundo a revista. Tem, inclusive, acesso a dados sensíveis de cidadãos.

Tal como o Presidente republicano, Elon Musk — proprietário da rede social X (antigo Twitter), diretor executivo da empresa de carros elétricos Tesla e da empresa aeroespacial SpaceX, entre outras — está também a rodear-se de aliados que o ajudem a assumir o controlo das infraestruturas do governo federal dos Estados Unidos.

Além da falta de experiência e de competência para o cargo, as escolhas de Musk estão a ser criticadas pela falta de ética profissional: na segunda-feira a CNN noticiou que funcionários do DOGE acederam indevidamente a ficheiros da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) que continham dados sensíveis e confidenciais, incluindo informações classificadas. A USAID está encarregue de distribuir a maior parte da ajuda externa que é fornecida pelos EUA.