Doze migrantes que viajavam numa embarcação artesanal continuam desaparecidos depois de, segundo testemunhos de ocupantes resgatados, se terem atirado ao mar quando a embarcação navegava a 36 milhas náuticas a sudoeste de Cabrera, aproximadamente a 60 quilómetros da costa.

A delegação do Governo nas ilhas Baleares informou hoje que na sexta-feira foram resgatados 14 migrantes de origem magrebina que viajavam na mesma embarcação, em que, segundo testemunhos viajavam 26 pessoas.

De acordo com os resgatados, 12 dos ocupantes saltaram para a água, sendo que até ao momento o seu paradeiro é desconhecido.

Envolvidos nas operações de busca estão o Serviço Marítimo da Guarda Civil com a patrulha Río Gallego, um helicóptero CUCO e efetivos da Salvamento Marítimo. As tarefas de rastreamento continuam sob a coordenação conjunta do Serviço Marítimo Provincial da Guarda Civil e Salvamento Marítimo.

Por outro lado, as equipas de resgate continuam à procura de três migrantes de origem subsaariana que desapareceram na última quarta-feira após o naufrágio de uma embarcação a cerca de quatro milhas ao sul de Maiorca. Em consequência do naufrágio, um homem perdeu a vida e outro, de 30 anos, ficou gravemente ferido.

Durante este ano, 256 embarcações chegaram de forma ilegal à costa das ilhas Baleares, transportando 4.819 migrantes, segundo o balanço da agência espanhola EFE com base nos dados da delegação do Governo nas Baleares.

Durante 2024, 5.882 migrantes chegaram ao arquipélago por via marítima, de acordo com o relatório anual de Segurança Nacional do Ministério do Interior.

Sobre este acontecimento, a presidente do Governo das ilhas Baleares, Marga Prohens, escreveu hoje na rede social X (antigo Twitter): "Continua o drama humanitário na nossa costa; novo barco e doze pessoas desaparecidas no mar".

Prohens ofereceu à Guarda Civil e Salvamento Marítimo os meios da comunidade autónoma para encontrar estas pessoas.

"Embora nos ameacem e nos insultem, esta é a realidade que o Governo ainda nega", acrescentou Prohens, que reiterou o seu pedido a Pedro Sánchez para que empreenda "uma mudança drástica na política migratória" para travar a saída de barcos de pesca da Argélia para as ilhas Baleares.