A interdição a banhos que foi imposta esta sexta-feira, pela autarquia, na praia da Nazaré mantém-se este sábado. Mas, de acordo com o jornal de Leiria, pelo menos, 50 pessoas tiveram de ser assistdas nos hospitais de Alcobaça e de Leira.

Todos as pessoas, incluindo crianças, segundo o jornal, terão estado em contacto com o mar da praia da Nazaré e tinham vómitos e diarreia.

A bandeira vermelha foi hasteada na tarde desta sexta-feira por decisão da Câmara Municipal da Nazaré e mantém-se este sábado.

A decisão foi tomada pelo município, depois de “uma ocorrência técnica registada no sistema pluvial [que] originou uma escorrência anómala, acompanhada de maus odores junto à linha de costa”.

Autarca admite que surjam mais casos

E declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara da Nazaré, Manuel Sequeira, confirmou que deram entrada no hospital especialmente jovens com sintomas de gastroenterite, com náuseas e vómitos, e que "tinham em comum terem estado na praia", mas o autarca acredita que a situação já esteja resolvida.

Manuel Sequeira informou que o delegado de saúde entregou na sexta-feira uma amostra da água para análise no Instituto Ricardo Jorge e tem a expectativa de que hoje, até ao final da tarde, receba o resultado, que espera favorável, e que no domingo já esteja reposta a normalidade.

"Nós achamos que, neste momento, a praia está em condições, mas só podemos abri-la após a constatação de que as análises vêm favoráveis", disse à agência Lusa o presidente do município da Nazaré, no distrito de Leiria.

Segundo o autarca, todos os organismos estão em articulação e, assim que estejam confirmadas as condições para a utilização normal da praia, os banhos passam a ser permitidos.

Sobre as indisposições relacionadas com a contaminação, o presidente da autarquia não apontou números precisos e admitiu que possam surgir mais casos, embora tenha reforçado que a situação que originou o problema já está ultrapassada.

"É evidente que agora vão dar entrada mais, até porque, a haver contaminação, a incubação das bactérias pode durar alguns dias, e é normal que, entre hoje e amanhã, apareça mais um ou outro [caso] , mas felizmente está tudo controlado", frisou Manuel Sequeira.

Apesar de a situação ter sido de imediato identificada e resolvida, e de não existirem "sinais visíveis de escorrência ou maus cheiros", a autarquia pediu análises à água à saída da conduta, para "garantir a qualidade da água e a segurança da população".

[Notícia atualizada às 17:32]