A polícia cipriota prendeu hoje um cidadão azerbaijano por suspeita de terrorismo e espionagem de bases militares estrangeiras que, segundo a imprensa local, seria membro da Guarda Revolucionária Iraniana.

De acordo com um comunicado da polícia, o detido está a ser investigado por terrorismo, espionagem e conspiração para cometer crimes graves, entre outras acusações.

O suspeito, acusado de preparar um atentado "iminente", foi presente esta manhã ao Tribunal de Limassol, que ordenou a sua detenção por um período de oito dias, numa audiência à porta fechada.

O comunicado oficial não fornece mais pormenores.

O diário local Filelefteros noticiou que, na passada sexta-feira, a polícia cipriota recebeu informações de um serviço de informações aliado, avisando que o suspeito se encontrava em Chipre desde abril último a recolher informações sobre a presença de forças militares estrangeiras e que estava possivelmente a planear um ataque terrorista para breve.

De acordo com a mesma fonte, o suspeito seria um membro da Guarda Revolucionária Iraniana.

Os agentes cipriotas descobriram que o suspeito residia num apartamento perto das duas bases britânicas na aldeia de Zakaki, em Limassol, e numa busca encontraram equipamento de vigilância sofisticado, segundo o diário Prothema.

A imprensa cipriota refere que o suspeito visitava frequentemente as zonas próximas das bases britânicas, assim como a base aérea cipriota Andreas Papandreou, perto de Pafos, onde estão estacionados aviões norte-americanos, levando quase diariamente uma grande câmara com uma lente de aumento, assim como três telemóveis.

De acordo com a imprensa local, as autoridades britânicas detiveram duas outras pessoas no Reino Unido no âmbito da investigação em curso sobre o caso do terrorismo no Chipre.

A república insular de Chipre, membro da UE, está situada a cerca de 250 quilómetros da costa de Israel e é considerada um ponto estratégico para as operações de evacuação desde o Médio Oriente.

Chipre é também um enclave militar fundamental para as forças estrangeiras.

O Reino Unido mantém duas grandes bases na ilha e a República Cipriota também colocou o aeroporto militar Andreas Papandreou à disposição dos seus aliados.