Chega hoje ao fim o Colóquio Internacional ‘A luta regional e local contra a desinformação na era da globalização e da pós-verdade’, uma iniciativa que decorre, desde a última quarta-feira, na Sala do Pátio I do Colégio dos Jesuítas.

O encontro que reúne investigadores de Portugal e de Espanha, assim como jornalistas, sob a égide do projecto FakeLocal, com o objectivo de discutir os impactos da desinformação nas esferas regionais e locais, e de procurar respostas para os desafios que esta representa para a saúde democrática.

Num mundo cada vez mais mediado pelas redes sociais, a velocidade com que a informação se propaga cria um terreno fértil para a difusão de narrativas manipuladas. Estas podem ter consequências profundas na comunicação política, afectando decisões governamentais, comportamentos sociais e a percepção pública da realidade. A desinformação, ao adaptar-se às especificidades de cada território, assume formas diversas e com impactos diferenciados, o que torna a sua análise ao nível local e regional especialmente pertinente.

Neste terceiro e último dia do colóquio, a reflexão centra-se nos efeitos da desinformação nas organizações e no papel da inteligência artificial neste fenómeno.

Sónia Gonçalves (Universidade da Madeira) começa a jornada abordando o ‘Impacto da desinformação nas empresas, marcas, instituições e organismos’, tema associado à desinformação organizacional. Seguem-se dois capítulos da Desinformação e Inteligência Artificial. Primeiro com Samuel Mateus (Universidade da Madeira) e o tema ‘Comunicação política e inteligência artificial’, e antes da sessão de encerramento do colóquio, a decorrer no edifício da Reitoria, Colégio dos Jesuítas, o espanhol Pablo Gamallo (Universidade de Santiago de Compostela) fala de ‘Modelos de linguagem ampla para a detecção de notícias hiperpartidárias’.