Os CTT – Correios de Portugal descartam responsabilidade nos casos dos eleitores no estrangeiro que, por falhas nos correios, tiveram problemas em votar. A empresa revelou, esta quinta-feira, que o número de votos de emigrantes recebidos nestas legislativas aumentou 4% face às eleições do ano passado.

No total, foram recebidos 349.127 votos, nestas eleições legislativas. Uma subida de 4%, face ao ato eleitoral de 2024, sublinham os correios. Mas houve, contudo, relatos de vários emigrantes cujos boletins de voto tardaram em chegar – ou não chegaram sequer – e que tiveram problemas em exercer o direito ao voto.

O Presidente da República chegou mesmo a defender uma mudança na lei eleitoral, para melhorar o processo de votos dos portugueses no estrangeiro.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, os CTT – que são responsáveis por assegurar o envio dos boletins de voto para o estrangeiro – afastam responsabilidades nos problemas verificados, apontando o dedo aos operadores postais dos países de destino.

A empresa nota que enviou mais de 1,5 milhões de boletins de voto para o estrangeiro, nestas eleições, num processo que, sublinha, tem “aumentado de volume, abrangência e complexidade”.

No entanto, alega, “as fases de distribuição e receção” nos diversos países da diáspora são “responsabilidade dos operadores postais desses países, que os entregam na morada registada e os remetem de novo para os CTT”.

Os correios portugueses insistem que são “alheios” aos problemas e asseguram que até acompanham, “de forma voluntária”, o processo junto dos operadores de correios nos outros países, para procurar encontrar soluções.

Os CTT deixam ainda um alerta aos emigrantes para atualizarem os endereços para o envio dos boletins. Os correios avisam que é fundamental que as moradas estejam atualizadas e corretamente expressas, para garantir que os boletins de voto são recebidos e que os portugueses no estrangeiro podem participar nas eleições.