O conselheiro de comércio do Presidente dos EUA, Peter Navarro, disse hoje que Washington não concederá isenções tarifárias ao aço e ao alumínio, quando questionado se os EUA poderiam isentar a União Europeia (UE) no futuro.

"Posso dizer que a experiência do primeiro mandato com as tarifas sobre aço e alumínio é que cada vez que tentamos conceder uma isenção ou exclusão a um dos nossos aliados, eles abusaram completamente, e aprendemos que era um caminho perigoso. Portanto, não haverá isenções ou exclusões para as tarifas sobre aço e alumínio", disse Navarro aos jornalistas, em frente à Casa Branca.

Por ocasião da divulgação hoje de novos detalhes sobre o acordo comercial entre Washington e Bruxelas, finalizado em julho na Escócia, Navarro foi questionado especificamente sobre produtos de aço e alumínio da UE, embora a sua resposta se referisse a qualquer importação desses metais, independentemente da sua origem.

Após a posse de Donald Trump em janeiro, Washington decidiu taxar todo o aço e alumínio em 50%, embora tenha decidido cortar as tarifas para metade sobre estes metais provenientes do Reino Unido.

O responsável, considerado o arquiteto da política comercial de Donald Trump, também foi questionado hoje sobre a possibilidade de vinhos e destilados europeus, produto considerado muito importante pela UE, receberem isenções, mas o ministro não quis comentar.

Navarro considerou que o marco legal publicado hoje representa o início de "um novo e belo espírito e ambiente de cooperação com a Europa" e considerou que, dado os benefícios que traz para os EUA, ninguém, incluindo os tribunais que deliberam sobre a legalidade das tarifas do Governo americano, deve criticar a política comercial de Washington.

O conselheiro também aproveitou a oportunidade para criticar novamente a Índia, cujas exportações para os EUA foram taxadas com uma tarifa "recíproca" de 25% e mais 25% para as suas compras de petróleo bruto russo.