Foi aberto no final de outubro mas poucos interessados atraiu até esta sexta-feira, 15 de novembro. Falamos daquele que, segundo a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), é o "maior recrutamento de guardas prisionais dos últimos anos", com um total de 225 vagas disponíveis.
O último concurso foi aberto há três anos, em 2021, e às 150 vagas disponíveis concorreram 500 candidatos. Agora, e apesar de ainda não haver um número final de candidaturas porque o concurso só termina na próxima segunda-feira é já de destacar a subida que em apenas um dia as candidaturas registaram.
“A uma semana do fim prazo havia apenas 40 candidatos, mas até esta sexta-feira o número subiu para mais de 200”, informa a DGRSP.
O objetivo deste concurso, aberto pelo Ministério da Justiça a 26 de outubro e que termina às 00:00 desta segunda-feira (dia 18), é formar 225 novos profissionais na categoria de Guarda do Corpo da Guarda Prisional que serão integrados “nos 49 Estabelecimentos Prisionais de Portugal continental, Açores e Madeira”.
Condições (obrigatórias)
Há, porém, várias condições obrigatórias a ter em conta, antes de se candidatar. Desde logo, nacionalidade portuguesa e idade entre os 21 e 28 anos (exceto militares). A altura também importa, assim como a escolaridade: no mínimo de 1,60 metros (feminino) ou 1,65 metros (masculino) e o 12.º ano ou equivalente.
“Durante o curso de formação, a remuneração iguala a prevista para a categoria de agente provisório (870 euros/mês, equivalente ao Salário Mínimo Nacional para 2025). Após a conclusão do curso com sucesso, é atribuída aos novos a primeira posição remuneratória da carreira (mínimo de 1717 euros/mês)”.
A candidatura só pode ser feita no site da DGRSP e, atenção, a seleção inclui ainda “provas físicas, de conhecimentos, exame médico e avaliação psicológica, todas de caráter eliminatório”.
De 870 a mais de 1.700 euros
O aumento de candidatos em apenas um dia não tem uma explicação, mas pode a publicação nas redes sociais dos valores remuneratórios ter influenciado. A verdade é que, segundo contas do Ministério da Justiça, em causa está um valor inicial, durante os nove meses de formação, de 870 euros mas o salário de entrada é superior a 1.700 euros (ilíquidos).
E, em alguns casos, podem somar-se aindao suplemento de turno (154,99€), subsídio de fixação (144,21€), subsídio de lavagem de viaturas (43,21€) e trabalho suplementar (máximo 320,47€).