
O deputado Francisco Gomes, eleito pelo CHEGA para a Assembleia da República, denunciou, através de uma nota de imprensa, "alegadas burlas organizadas que supostamente estão a ter lugar, sobretudo, nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro". Segundo o parlamentar, "cidadãos de etnia cigana têm vindo a pintar veículos privados com cores semelhantes às dos táxis e apresentam-se como motoristas, enganando turistas recém-chegados ao país".
Segundo o deputado, "uma vez no interior das viaturas e já em trajecto, os passageiros são surpreendidos com assaltos conduzidos com recurso a armas brancas e, em alguns casos, armas de fogo". Francisco Gomes aponta que "há relatos de indivíduos que chegam mesmo a se vangloriar dos crimes nas redes sociais, publicando fotografias das vítimas, incluindo casais estrangeiros, para supostamente exibir o resultado das suas acções".
Estamos perante um esquema criminoso que humilha Portugal e envergonha a imagem do país junto de quem nos visita. É inaceitável que se permita a existência de grupos que usam os nossos aeroportos como base para enganar e assaltar turistas, colocando em causa a segurança pública e a economia nacional". Francisco Gomes
Francisco Gomes revelou ainda que, "quando confrontados por taxistas legítimos, os grupos organizados respondem com violência". Segundo o parlamentar, "já foram registados vários episódios de agressões físicas e incidentes de retaliação contra os motoristas de táxi em diversos pontos das principais cidades, através de ataques com pedras, objectos pesados e armas brancas".
“A passividade do Estado face a este tipo de criminalidade é uma afronta e cria a ideia de que existe um grupo de pessoas que não tem de obedecer à lei. Exigimos a intervenção das forças de segurança para travar a violência, proteger os turistas e garantir que a lei não é substituída pelo medo e a anarquia", acrescentou.
Para o deputado, "a ausência de resposta firme das autoridades só incentiva os agressores a repetir e ampliar estas práticas", que, a seu ver, "já afectam a confiança no sector do turismo e a reputação de Portugal".