
Numa conferência de imprensa online, realizada esta sexta-feira de manhã, o CEO do Groupe BPCE, Nicolas Manias, elogiou a atual administração do Novo Banco, prometendo manter a equipa como a marca.
“Hoje não temos qualquer intenção de mudar a marca. Não está previsto para agora. É uma marca que tem vindo a ser construída nos últimos dez anos. Não tencionamos mudá-la agora. Em relação à gestão, (...) penso que a gestão e Mark Bourke, que foi CFO e depois CEO, fizeram um ótimo trabalho Por isso, acho que o Mark continuará a fazer o seu trabalho connosco, com o Novo Banco”, disse o CEO do BPCE.
“Não é, de todo, um projeto baseado em cortes e redução de postos de trabalho. Sou muito claro em relação a isso”, frisou Nicolas Manias
O Novo Banco vai ser vendido ao grupo francês BPCE por 6,4 mil milhões de euros. A decisão foi anunciada esta sexta-feira de manhã pelo CEO do grupo que garante ser um investimento a longo prazo no mercado português.
“O BPCE assinou um memorando de entendimento com vista a adquirir a participação da Lone Star, que representa 75% do capital social do Novo Banco. Iniciamos conversações com o Governo português e o fundo de resolução bancária português relativamente à sua participação de 25% no Novo Banco.”
O grupo francês destaca que a compra do Novo Banco, "representando um montante de aproximadamente 6.400 milhões de euros (para 100% do capital) e um múltiplo de cerca de 9x os ganhos anuais, é a maior aquisição transnacional na zona euro em mais de 10 anos".
“Seremos um investidor de longo prazo. Na verdade, não somos investidores. O Novo Banco fará parte de um grande grupo bancário europeu.”
O Groupe BPCE apresenta-se como o segundo maior grupo bancário em França e o quarto maior da zona euro em termos de capital, tendo 100.000 trabalhadores e 35 milhões de clientes em todo o mundo.
O Novo Banco foi criado em 2014 para ficar com parte da atividade bancária do Banco Espírito Santo (BES), na resolução deste.
- Com Lusa