A CDU realizou esta manhã, no Funchal, uma acção política em defesa da urgente elaboração de um Plano Municipal de Prevenção da Toxicodependência e do Alcoolismo, com o objectivo de dar resposta a um problema social e de saúde pública que, segundo o partido, se tem agravado de forma alarmante no concelho.

Durante a iniciativa, Ricardo Lume, candidato da CDU à Câmara Municipal do Funchal, alertou para o crescimento do fenómeno, afirmando que o consumo de drogas e de álcool é uma realidade cada vez mais visível e preocupante na cidade. Referiu ainda que a dependência, os surtos psicóticos, os episódios de violência e o impacto social são sinais evidentes de um fenómeno que se tem intensificado, em especial com o aparecimento do chamado “bloom”, designação que passou a identificar, no senso comum, as drogas sintéticas.

A CDU sustenta que o agravamento das toxicodependências no Funchal está documentado e assume contornos preocupantes. Aponta como indicadores o aumento das recaídas no consumo de heroína e de substâncias sintéticas, o consumo elevado de cannabis entre os estudantes e o uso abusivo de álcool com impactos profundos na vida familiar, social e profissional.

Perante esta realidade, o partido afirma que a prevenção é o caminho, considerando que os actuais modelos de intervenção se revelam insuficientes. Num contexto de crescentes dificuldades económicas, exclusão social e desigualdades, onde os serviços públicos de saúde enfrentam forte pressão, ignorar este problema é, no entender da CDU, condenar mais pessoas ao sofrimento e ao abandono.

Ricardo Lume critica ainda a passividade do executivo camarário e considera que a Câmara Municipal do Funchal não pode continuar a agir como um mero departamento do Governo Regional. Defende que a autarquia deve assumir um papel activo, liderante e comprometido, razão pela qual a CDU propõe a criação de um Plano Municipal de Prevenção da Toxicodependência e do Alcoolismo, que seja um instrumento sério e eficaz no combate a estes flagelos.

A CDU reafirma o seu compromisso com políticas públicas que coloquem as pessoas no centro das decisões, que enfrentem com coragem os problemas reais que afectam a vida das famílias e das comunidades, e que não deixem ninguém para trás. Porque prevenir é proteger e proteger é governar com responsabilidade.