A CDU apresentou a candidatura à Assembleia da República, pelo círculo eleitoral da Região Autónoma da Madeira, numa sessão pública onde Edgar Silva, coordenador do PCP, defendeu que é "urgente" uma política alternativa no país.

"A vida difícil requer soluções urgentes. Perante a situação política, social e económica a que o País chegou, é necessário um novo rumo. É urgente uma política alternativa e uma alternativa política, uma possibilidade que passa pelo reforço da CDU", afirmou o líder.

A número dois da dandidatura da CDU, Ana Paula Almeida, candidata indicada pelo Partido Ecologista 'Os Verdes', disse que "Os Verdes, no âmbito da CDU, têm propostas que respondem às necessidades do país e às preocupações das pessoas. Os nossos compromissos passam por: agir pelo clima; melhorar os transportes públicos; produzir e consumir local; reduzir o uso de plásticos; defender a escola pública; reforçar o SNS; promover a habitação para todos; promover o desenvolvimento sustentável; travar a perda de biodiversidade; diversificar a floresta; lutar pela igualdade; promover a paz", afirmou.

Acrescentou ainda que, "são precisos deputados que lutem pelas especificidades da Região" no Parlamento, uma vez que há situações e problemas regionais que se resolvem na Assembleia da República. "A vida e as preocupações dos madeirenses e as necessidades da região, também, passam pelo Parlamento".

A cabeça de lista da candidatura, Herlanda Amado, destacou como principais problemas com que o povo da Região se confronta hoje: "os baixos salários, o aumento do custo de vida, os valores astronómicos das casas que não são para o comum trabalhador, os valores das rendas cada vez mais elevados, levando a que muitos, mesmo trabalhando, não consigam ter casa e sejam confrontados com acções de despejo, os pensionistas e reformados que continuam a ter que decidir entre comer, comprar os medicamentos ou ajudar os filhos e os netos, os nossos jovens que sendo uma das gerações mais qualificadas não encontram no seu País a oportunidade para viver com condições", disse, justificando que "por estes e por tantos outros que se sentem injustiçados", é por eles que o partido se apresenta a estas eleições.

Os objectivos da candidatura às eleições de 18 de Maio são claros e estão bem definidos, e as prioridades vão ao encontro das reais necessidades das populações. Exigir o direito ao trabalho com direitos, porque os trabalhadores não são escravos do patronato. Exigir o aumento geral dos salários, porque temos direito a viver do nosso salário, e não sobreviver a muito custo, como actualmente acontece com milhares de famílias. Exigir pensões e reformas dignas, porque os nossos idosos não estão condenados a uma velhice de pobreza. Exigir que o direito constitucional à habitação seja um direito acessível a todos e não um luxo de alguns Herlanda Amado, candidata da CDU

No final da declaração a cabeça de lista deixou um apelo, "para aqueles muitos milhares de desiludidos que não votam porque acham que tudo ficará igual, a CDU diz: não deixe que seja outro a decidir por si. Vote, saia de casa e demonstre que quer um futuro melhor para si e para a sua família. Não deixe que uma parte significativa da população decida o seu futuro nos próximos 4 anos. Para alterar o rumo do País e da Região, para alterar positivamente o rumo da vida de todos e de cada um de nós, só votando na CDU reforçando os direitos das populações", finalizou.