A informação da presença de Cavaco Silva foi adiantada à Lusa por fonte da direção de campanha da AD, depois de o PSD ter divulgado que, pelas 18:30, será apresentado o 7.º volume do livro sobre o fundador do partido, Francisco Sá Carneiro, no Centro Cultural de Belém.

Há pouco mais de um ano, foi também na apresentação de um livro sobre Sá Carneiro que Cavaco Silva entrou na pré-campanha da AD, apelando então a uma "mudança política" protagonizada por Luís Montenegro.

O antigo Presidente da República Cavaco Silva participou depois numa iniciativa no último dia de campanha, no qual defendeu que só uma "votação forte" na AD garantiria "a estabilidade política" e a mudança.

A 08 de março do ano passado, à entrada para um almoço alusivo ao Dia da Mulher, Cavaco Silva salientou que não participava em campanhas eleitorais há 21 anos - não incluiu nesta contagem as suas próprias para as eleições presidenciais de 2006 e 2011 -, mas decidiu abrir uma exceção.

"Em consciência eu não podia ficar calado, considero que é meu dever cívico dizer aos portugueses que só uma votação forte na AD garante a estabilidade política, a resolução dos problemas económicos e sociais do país e a mudança que Portugal precisa", declarou.

Nessa ocasião, o antigo primeiro-ministro e antigo chefe de Estado elogiou ainda o líder da AD (coligação que junta PSD/CDS-PP/PPM), Luís Montenegro.

"Demonstrou que está bem preparado para ser primeiro-ministro, para dirigir o Governo para coordenar e orientar os ministros, como manda a Constituição", declarou.

Cavaco Silva considerou que, durante a campanha eleitoral, Montenegro "concentrou as suas intervenções nas políticas que um Governo da AD se propõe executar, e demonstrou serenidade e seriedade nos seus discursos", felicitando-o por isso.

"É por tudo isto que, em consciência, decidi abrir uma exceção para dizer de forma muito clara que no próximo domingo o voto na AD dirigida pelo doutor Luís Montenegro é a melhor solução para todos os portugueses", disse então.

SMA // JPS

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