A cerimónia de trasladação do caixão do Papa, da capela de Santa Marta, onde Francisco residia, para a Basílica de São Pedro começou às 09:00 no Vaticano (08:00 em Lisboa).

A procissão passou pela praça Santa Marta e pela praça dos Protomártires Romanos, atravessou o Arco dos Sinos, entrou na praça de São Pedro e chegou à Basílica pela porta central.

O caixão foi acompanhado pelos cardeais presentes em Roma e a cerimónia contou com a presença das pessoas mais próximas do Papa, dos seus secretários e assistentes.

Francisco foi velado pela primeira vez na Residência de Santa Marta, num velório privado aos residentes do Vaticano e à Casa Papal.

Imagens divulgadas pelo Vaticano na terça-feira mostraram Francisco deitado num caixão aberto, usando a tradicional mitra branca e vestes vermelhas, com as mãos cruzadas sobre um rosário.

O número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, foi fotografado a rezar por Francisco.

São esperados vários chefes de Estado e de Governo para o funeral de Francisco, que acontece no sábado na Praça de São Pedro, mas os três dias de velório são em grande parte para que os católicos comuns possam lamentar a morte do Papa de 88 anos, que morreu na segunda-feira após sofrer um acidente vascular cerebral.

Uma vez dentro da basílica, o seu caixão não será colocado num esquife elevado --- como foi o caso dos papas anteriores ---, mas será colocado no altar principal da Basílica do século XVI, virado para os bancos.

A polícia italiana reforçou a segurança para o velório e funeral, realizando patrulhas a pé e a cavalo em redor do Vaticano, onde os peregrinos continuaram a chegar para as celebrações do Ano Santo que Francisco abriu em dezembro. Os fiéis que passam pela Porta Santa de São Pedro recebem indulgências, uma forma de ajudar a expiar os pecados.

O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de acidente vascular cerebral (AVC), após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

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