Os mercados e analistas esperam um quinto corte consecutivo nas taxas de juro, a assinalar que a instituição continua confiante num regresso da inflação à meta de 2%, depois de ter começado a descida dos juros em junho passado.
"A direção é clara", declarou a presidente do BCE, Christine Lagarde, no Fórum Económico Mundial de Davos, numa alusão às taxas de juro.
A taxa de depósito, de referência, deve passar de 3% para 2,75%, após mais um corte de 25 pontos base.
Este ciclo de flexibilização da política monetária segue-se aos máximos atingidos em 2023 para que as taxas de juro travassem a inflação, associada à retoma após a pandemia de covid-19 e ao início da guerra na Ucrânia.
Na última reunião do BCE, em dezembro, a instituição antecipava que a inflação atingisse 2% em 2025.
É de salientar, no entanto, que a confiança na estabilização da inflação na zona euro pode ser posta em causa com a "política imprevisível" de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos da América, referem economistas do Deutsche Bank, citados pela AFP.
Neste momento, as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez situam-se, respetivamente, nos 3,00%, 3,15% e 3,40%.
MES/EO // MSF
Lusa/Fim