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Os dois aviões Canadair de combate a incêndios pedidos pelo Governo português à União Europeia (UE), no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam esta quinta-feira ao Funchal.

Os dois aviões já chegaram ao Aeroporto do Porto Santo, de onde deveram seguir rumo ao Funchal.

A vinda destes meios aéreos surge no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil. Ambos vão começar a ser utilizados no combate às chamas ainda esta quinta-feira.

De acordo com a Proteção Civil nas próximas horas será desencadeado toda a logística inerente ao início da sua atividade no combate aos incêndios na Madeira, com principal foco na Cordilheira Central”.

Segundo o Diário de Notícias da Madeira, a caminho de Porto Santo, desde Málaga, está ainda um C-295 da Força Aérea espanhola, com uma equipa que prestará apoio técnico e operacional aos dois Canadair.

A chegada dos aviões já tinha sido anunciada pelo comissário europeu para a Gestão de Crises.

"Em resposta ao pedido de assistência de Portugal para combater os fortes incêndios florestais na Madeira desde ontem [quarta-feira] à noite, estamos a coordenar o envio de dois aviões de combate a incêndios da reserva estratégica da UE em Espanha", anunciou o comissário europeu Janez Lenarcic, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

"Os aviões chegarão à Madeira hoje", disse ainda o responsável.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

Até ao momento, não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais. Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, continua a afirmar que se trata de fogo posto.

Com LUSA

Artigo atualizado às 12:50