
De acordo com uma nota de imprensa do SIC, entre as drogas a serem incineradas constam o crack, skunk, anfetamina, metanfetamina, quetamina, ecstasy, cannabis sativa, apreendidas na sequência de várias operações realizadas em Luanda.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do SIC, Manuel Halaiwa, disse que, no total, foram incinerados 428 quilogramas de diversos tipos de drogas, "com destaque para a cocaína, que é a de maior relevância, a mais apetecível sobretudo no trânsito internacional".
Manuel Halaiwa frisou que a província de Luanda, capital de Angola, tem sido utilizada como placa giratória para a entrada de droga pesada, entrando para o circuito internacional, através de países circunvizinhos, designadamente Namíbia, África do Sul, Moçambique e também para a Europa.
De janeiro a maio deste ano, destacou o porta-voz do SIC, foram já registados 508 crimes de tráfico e consumo de estupefacientes e outras substâncias psicotrópicas, que culminaram na detenção de 578 cidadãos, dos quais mais de 20 estrangeiros, nomeadamente brasileiros, sul-africanos, nigerianos chineses e vietnamitas, envolvidos neste tipo de crime, que resultaram na abertura de 136 processos-crimes.
Os cidadãos chineses e vietnamitas destacam-se no tráfico de drogas do tipo anfetamina, quetamina, metanfetamina e ecstasy, disse.
"Essas drogas entraram em território nacional de forma dissimulada em malas de viagem, ingeridas em cápsulas, em tecidos, panos (...) foram detidas várias mulas", disse, acrescentando que ação das autoridades tem sido bastante profícua, permitindo travar a entrada destas drogas.
O responsável deu nota ainda que a maior parte da droga apreendida era proveniente do Brasil, da cidade de Guarulhos, São Paulo, maioritariamente via aeroporto e outra por via marítima, dissimulada em caixas de coxas de frango e ventiladores dos contentores frigoríficos.
O processo de incineração foi efetuado pela empresa de tratamento de resíduos industriais, situada no município dos Mulenvos, no âmbito do Dia Mundial da Luta contra as Drogas, que se assinala hoje, este ano com o lema "A Evidência é Clara: Invista em Prevenção. Quebre o Ciclo. Acabe com o Crime Organizado".
O diretor-adjunto do Instituto Nacional de Luta Antidroga (Inalud), Sucami André, em entrevista à agência noticiosa angolana, Angop, disse que estão registados e em acompanhamento, de janeiro a junho deste ano, 8.715 casos de dependência em todo o país, sendo as drogas mais consumidas o álcool, cannabis, crack e cocaína.
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