O acusado chama-se Rickard Andersson e tem 35 anos, segundo as autoridades que referem que o anúncio é apenas uma formalidade já que o homem, encontrado morto no campus da escola da cidade de Orebro, era já o principal e até agora único suspeito do crime.

Segundo a procuradora da Justiça Elisabeth Andersson, a investigação visa agora saber se Andersson teve algum colaborador e quais os motivos que o levaram a disparar, matando sete mulheres e três homens com idades entre os 28 e os 68 anos e ferindo outras seis pessoas, cinco das quais ainda estão hospitalizadas.

A dimensão do incidente, o tiroteio mais mortífero da história recente da Suécia, levou o Governo a propor o endurecimento das leis sobre armas com o objetivo de, entre outras medidas, limitar o acesso a armas semiautomáticas, como as que Andersson terá utilizado.

O alegado autor, que tinha licença para quatro armas, foi encontrado pelas forças de segurança no complexo escolar com três delas.

A escola onde decorreu o tiroteio, designada Campus Risbergska, destina-se a alunos com mais de 20 anos de idade e leciona cursos de ensino primário e secundário, bem como aulas de sueco para imigrantes, formação profissional e programas para pessoas com deficiências intelectuais, segundo a sua plataforma 'online'.

A violência armada nas escolas é muito rara na Suécia, mas, nos últimos anos, registaram-se vários incidentes - que resultaram em feridos ou mortos - com outras armas, como facas ou machados.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, pediu no domingo aos cidadãos suecos que se unam, depois de a imprensa ter noticiado que vários cidadãos estrangeiros estavam entre as vítimas.

"Quando se trata disto, há apenas uma Suécia. Não há nós e eles. Não há jovens e velhos. Não há nativos e estrangeiros. Não há nascidos no campo e na cidade. Não há direita e esquerda", afirmou o primeiro-ministro.

"Não vamos especular nem tirar conclusões precipitadas", pediu ainda, adiantando que "o ódio não é derrotado com mais ódio".

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