O grupo ativista antimonárquico Republic denunciou o príncipe André, irmão do rei Carlos III do Reino Unido, à polícia britânica, por alegadamente ter utilizado um "nome falso" para registar os seus negócios.

A Republic referiu que André utilizou o pseudónimo "Andrew Inverness", em referência ao seu título de nobreza 'Conde de Inverness', e indicou erradamente uma morada em Londres como a sua residência habitual, ao registar a empresa Naples Gold Limited no Reino Unido.

A Lei das Sociedades Britânicas estipula que fornecer informações falsas ao registar empresas constitui crime e o grupo antimonárquico exige que o segundo filho da falecida rainha Isabel II fosse julgado "com os mais altos padrões".

"A família real parece acreditar que pode agir impunemente, uma impressão que é reforçada pela falta de ação policial face a graves alegações de corrupção e crimes sexuais", frisou o responsável do grupo ativista, Graham Smith, citado num comunicado.

O duque de Iorque fez recentemente manchetes na imprensa britânica pelas suas ligações a um alegado espião chinês, depois de se ter retirado da vida pública em 2020, quando esteve envolvido em vários escândalos sexuais nos Estados Unidos.

"Dado o elevado perfil de André e os graves desafios envolvidos no combate à fraude cometida através de declarações falsas, estou confiante de que a polícia investigará este assunto sem medo ou favor", destacou ainda Smith.

Segundo os meios de comunicação social britânicos, um porta-voz da Polícia Metropolitana confirmou na terça-feira ter recebido um documento relativo a um registo comercial britânico, embora de momento não tenha sido aberta qualquer investigação sobre este tema.