
A associação ambientalista Quercus lamentou hoje a morte do Papa Francisco e assinalou a importância que deu às questões ambientais, nomeadamente na encíclica "Laudato Si".
"Laudato Si - Cuidar da nossa Casa Comum" foi publicada em maio de 2015 pelo Papa Francisco, que hoje morreu aos 88 anos.
Em declarações à agência Lusa a presidente da associação, Alexandra Azevedo, destacou a importância da encíclica, com uma "visão ecológica integrada com uma componente económica e social".
"O grande marco, o que lançou essa abordagem, foi a encíclica, mas ao longo do pontificado houve vários momentos em que alertou para estas questões", disse a responsável.
O Papa Francisco, frisou, deu destaque à defesa do ambiente e da sustentabilidade, alertou para o consumo exagerado, apontou a sobre-exploração de recursos, "abarcando de uma forma muito lúcida as várias questões em causa numa visão ecológica".
Alexandra Azevedo disse não ter memória de outro Papa como Francisco, que tenha colocado na agenda os temas do ambiente, chamando a atenção para eles não só junto da Igreja Católica mas junto de um público muito mais diverso.
O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, pela defesa da paz no mundo, face às várias guerras que testemunhou, e por uma intervenção ambientalista.
Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.
O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias, devido a uma pneumonia bilateral, tendo recebido alta em 23 de março.
A última vez que apareceu em público foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.