Foi na apresentação da lista da AD - Coligação PSD/CDS pelo círculo eleitoral da Madeira, que decorreu esta tarde no Mercado dos Lavradores, no Funchal, que Miguel Albuquerque reforçou a importância da eleição de um governo social-democrata na República, pois só assim, entende o líder do PSD/Madeira, a Região poderá ver satisfeitas “as necessidades imperativas”.

Com Luís Montenegro ao seu lado, Miguel Albuquerque afirmou que com um governo liderado pela AD, a nível nacional, a Madeira conseguiu resolver, em 11 meses, mais assuntos pendentes do que durante nove anos de gestão socialista, apontando mesmo que nesse período Região foi destratada e desrespeitada nos seus direitos pelo Estado, “como se fosse uma terra que não fazia parte integrante do todo nacional”.

O líder do PSD regional pediu para o País algo semelhante ao que pediu, no mês passado, para a Madeira, “um governo estável, que governe e que oriente o País para o progresso e o desenvolvimento necessários”. Além disso, sustentou que só um primeiro-ministro que entenda a realidade madeirense poderá ser vantajoso para a Região. Nesse sentido, não se coibiu de apontar que “Luís Montenegro conhece, como poucos, as necessidades imperativas para o nosso desenvolvimento”.

E Miguel Albuquerque disse contar com todos para mais uma vitória.

Montenegro salienta trabalho dos deputados social-democratas

Por outro lado, Luís Montenegro disse contar com a Madeira para formar o tão desejado governo estável, admitindo sair da Região com uma confiança redobrada na vitória.

Nesse sentido, destacou o trabalho desenvolvido pelos deputados do PSD/Madeira nesta legislatura que agora termina de forma antecipada, salientando “não haver comparação possível” com os parlamentares eleitos pelo PS/Madeira e pela estrutura do Chega regional. Só assim, reforçou, foi possível resolver dossiers que o governo socialista que o precedeu não foi capaz de resolver.

“Estamos aqui para prestar contas e para olhar para a diferença de realização entre os anos de Governo socialista e os onze meses em que estivemos a governar mas, também, para olhar para o futuro”, vincou Luís Montenegro, assumindo que, na próxima legislatura, pretende continuar a reforçar o poder das autonomias, nomeadamente através da revisão da Lei das Finanças Regionais, assim como acompanhar e apoiar os diferentes projectos de desenvolvimento em curso na Região e dar maiores e melhores condições ao sector económico e, em especial, oportunidades de realização aos jovens da Madeira e do Porto Santo.

José Manuel Rodrigues também critica socialistas

Quem também usou da palavra foi o líder do CDS-PP/Madeira, parceiro da coligação. José Manuel Rodrigues classificou a governação socialista de desastrosa para a Madeira durante nove anos e lembrou que, neste período e pese embora todas as diligências assumidas, as pretensões da Região foram sucessivamente adiadas e guardadas no fundo da gaveta.

Por isso, diz que foi preciso "Luís Montenegro ser Primeiro-Ministro e haver um Governo nacional da Aliança Democrática PSD/CDS para que algumas das nossas exigências começassem a ser tratadas". E só um voto na continuidade poderá evitar retrocessos, entende o centrista.

"Os Madeirenses são muito exigentes na defesa da sua terra e nós, nas últimas Eleições Legislativas Regionais, demos um sinal claro de maturidade e de responsabilidade, sendo que aquilo que espero é que os portugueses sigam esse sinal", frisou.