Para lá dos 80 anos de vida, partilhar casa com uma miúda universitária não era algo que estivesse nos planos. Mas alguém que tem tanta alegria de viver como Célia só precisava de ser desinquietada para ver essa ideia como uma transformação rejuvenescedora.
"Estava um dia a ver nas notícias um miúdo que não podia entrar para a universidade, apesar de ter uma nota fantástica, porque não conseguia pagar casa e aquilo mexeu tanto comigo que decidi nesse momento que ia ter alguém cá em casa, alguém a quem pudesse dar um quarto gratuito."
Ajudar um jovem nessas condições a poder seguir os estudos era o objetivo e a concretização não podia ter corrido melhor. Através do programa MEO Partilha Casa, a Rafaela chegou em janeiro e mudou a vida de Célia para melhor. "Sinto a casa mais cheia, tenho companhia", conta, vincando que as qualidades da jovem universitária vão muito além da companhia que lhe faz: "Ela esforça-se por jantar comigo, é arrumadinha, é uma boa menina."
Num tempo em que as gerações mais novas estão muitas vezes desligadas dos outros, não têm paciência ou tolerância nem sabem escutar, "a ligação intergeracional faz-lhes bem. E aos velhos faz mesmo muito bem", sublinha Célia, neste terceiro episódio do Ponto de Vista, a rubrica do digital da Fundação MEO, que mensalmente traz a palco entrevistas curtas e dinâmicas a "pessoas ligadas, de forma direta ou indireta, às iniciativas da Fundação, desde utilizadores das acessibilidades até parceiros institucionais ou membros da comunidade".
Conheça a fundo esta e outras histórias com impacto, no Ponto de Vista, o programa da Fundação MEO que nasceu para dar visibilidade a diferentes perspetivas de vida, nas quais muitas vezes a tecnologia é uma aliada de peso para ultrapassar condições que parecem ser limitações. Porque só conhecendo visões diversificadas se consegue ter um olhar real e pleno sobre o mundo.
Tendo já dado vida a iniciativas como uma mostra de cinema inclusivo, um programa que junta em casa jovens que procuram casa e pessoas mais velhas e sós ou a criação de uma rede que quer provocar uma transformação que se apoia na aproximação da tecnologia às pessoas com deficiência, a Fundação MEO quis pôr soluções tecnológicas ao serviço de quem delas pode tirar mais partido e ajudar a ultrapassar desafios e abrir as portas da sociedade a quem enfrenta limitações diárias. E agora, com o Ponto de Vista, dá mais um passo para a inclusão.
"Cada episódio será uma janela para uma realidade diferente, ajudando-nos a contar, com autenticidade, as histórias por trás de projetos como o Espaços com Sentido, Partilha Casa, Cinema com Sentido, entre outros", explica a Fundação MEO, assumindo o objetivo de reforçar "uma Fundação mais próxima, atenta e representativa".
O terceiro episódio já está disponível nas plataformas da Fundação e aqui, no SAPO e na app SAPO TV. Veja também aqui o episódio de estreia, que contou com o artista Rudolfo Quintas como convidado, e recorde o segundo episódio, com Ana Luísa Martins, terapeuta da fala.