Com o fantasma das gestões passadas a pairar, ficará a TAP pendurada nos contribuintes-patrocinadores? Dificilmente. Mas quem a levar, pode conseguir um preço de amigo.
Quem, em lugar de engolir as papas de serrabulho que lhe são servidas, se dá ao trabalho de olhar para como as notícias são recebidas onde importa, quase sempre se surpreende.
Os anos negros de urgências fechadas, demissões em bloco, greves, médicos recrutados em Cuba e pretensões de vincular uma classe a 350 horas extra foram apagados da memória socialista.
A reação envergonhada perante a governação da geringonça e a subsequente maioria socialista fez-se protesto, parecendo não restar memória do legado de quase nove anos de Costa e companhia.
São lembrados com saudade os tempos em que se podia fazer passeios a ver as almas penadas que se arrastavam pela Baixa ou os casebres devolutos ao longo da Ribeira.
As CPI transformaram-se num ato teatral sem substância. Os políticos que acusam os procuradores de estarem a fazer política dedicam-se agora a fazer "justiça" — em praça pública e sem princípio de presunção de inocência.
Podiam fazer uma vaquinha, dois milhões a cada. Mas como sempre, a fatura da indemnização que obviamente terá de ser paga a Christine pelo seu muito público despedimento político, cuja única razão, como se vê, foi salvar a pele ao governo, vai sobrar para nós. O socialismo continua a sair-nos caro.
A exigência do PS Lisboa a Moedas pela corrupção na câmara socialista de Gaia, a Jornada de resultados poucochinhos que afinal teve um impacto de 375 milhões e a diferença entre quem faz castelos no ar e quem entrega casas para morar.
A empresa que Temido nunca contratou ganhou um milhão em contratos com a saúde quando era ministra do governo que contratava amigos para gerir temas sensíveis e desenhar o PRR.
Acordos?! Não foi para isto que os sindicatos se fizeram, foi para protestar e contestar. Se começam a chegar a acordos, o que resta aos líderes sindicais? Dar aulas?
Democracia é "defender o direito da opinião de TODOS, sem exceção", dizia Francisco Louçã. O que a esquerda hoje defende tem um nome: censura. E a sua vontade materializa-se na submissão à tirania do politicamente correto.