A Santa Casa da Misericórdia de Vila Viçosa inaugurou, esta sexta-feira, o seu Centro de Dia, no antigo hospital da localidade.

Uma infraestrutura que conta com uma capacidade para duas dezenas de pessoas, sendo possível «aumentar se houver necessidade», que representa um investimento de cerca de 320 mil euros, segundo o Dr. Jorge Rosa, provedor da Santa Casa calipolense.

Em declarações aos jornalistas, vincou que o montante foi executado com «capitais próprios» com recurso a «donativos» de entidades ligadas a Vila Viçosa e particulares, porque «não havia nenhum fundo comunitário».

Um equipamento que fica agora à «disposição dos mais dependentes», num espaço «ótimo» e «recuperado».

O provedor referiu que o novo centro de dia vem colmatar uma lacuna no serviço, uma vez que os idosos «estavam juntos com os do lar». Desta forma, «o lar fica agora com mais qualidade e aqui ficam com mais qualidade».

Em relação à localização, o Dr. Jorge Rosa sublinhou que diz respeito à proximidade com as famílias e surge numa tentativa de «reforçar o elo entre o Centro de Dia e a Comunidade»: «Sentem-se mais seguros e aumenta a vida dentro da comunidade».

Inácio Esperança, presidente da autarquia, realçou que este investimento veio em “boa hora”, até porque «a Santa Casa tinha de crescer e tinha de separar esta valência do lar de idosos».

«Tinha o edifício e recuperou-o e é um bom exemplo de recuperação. Melhorou a qualidade de vida dos seus utentes e, obviamente, contribuiu para a reabilitação do património construído desta vila», acrescentou.

Neste «edifício histórico» calipolense, os idosos ficam mais próximos «dos vizinhos» e do «local onde nasceram e vivem»: «Dá-lhes mais qualidade de vida, do que estar fora da vila».

Por sua vez, Nuno Alas, diretor do Centro Distrital de Évora do Instituto da Segurança Social, vincou que estas respostas são «importantes do ponto de vista da sociabilização», até para «os idosos não se isolarem».

Porém, destacou também que estes equipamentos, e profissionais, dão importância às questões de «natureza física».

«São estimulados e trabalhados através profissionais para que não fiquem mais acondicionados ou acamados», atirou o diretor, adicionando ainda que «é um trabalho extraordinário, mas que em Portugal, nos pós-Covid, os idosos e as famílias desabituaram-se a este tipo de resposta».

De seguida, fique com a foto-reportagem da inauguração do Centro de Dia.