As cotações médias nacionais dos borregos nas diferentes categorias de peso mantiveram-se estáveis entre 11 e 17 de agosto de 2025, segundo a mais recente informação do SIMA – Sistema de Informação de Mercados Agrícolas.

No Alentejo, região com forte representatividade na produção de ovinos, a oferta de borregos foi classificada como média, enquanto a procura se manteve relativamente fraca em todas as áreas de mercado analisadas, incluindo Évora, Beja, Alentejo Litoral, Alentejo Norte, Estremoz e Elvas. As cotações permaneceram sem alterações face à semana anterior.

Os valores médios nacionais situaram-se nos 6,07 €/kg para borregos de menos de 12 kg, 4,14 €/kg para animais entre 22 e 28 kg e 3,82 €/kg para borregos com mais de 28 kg. Estes preços representam uma variação positiva em relação ao período homólogo, com aumentos de 21,8%, 27,5% e 24,6% respetivamente.

Entre janeiro e junho de 2025, Portugal registou um saldo positivo na balança comercial de ovinos, no valor de 40 milhões de euros, mais 28,6% do que em 2024. Já no setor caprino verificou-se um saldo negativo de 14 milhões de euros, agravado em relação ao ano anterior.

As exportações de carne de ovino congelada cresceram 21,3%, enquanto as de carne fresca/refrigerada aumentaram 5%. Em sentido contrário, os caprinos apresentaram quebras, com destaque para a carne congelada, que caiu 26,2%.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística revelam uma redução nos abates aprovados para consumo no primeiro semestre de 2025. No caso dos ovinos, registou-se uma descida de 15,2% no número de animais abatidos e de 18,2% em toneladas. Entre os caprinos, a quebra foi de 10,2% em cabeças e de 1,1% em volume.

Apesar da estabilidade nas cotações no Alentejo e da evolução positiva das exportações de carne ovina, os dados apontam para uma redução significativa nos abates, o que poderá refletir-se na disponibilidade futura de produto no mercado.