
A produção de vinho em Portugal deverá registar uma quebra de 11% na campanha de 2025/2026, atingindo os 6,2 milhões de hectolitros, segundo a estimativa divulgada pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). O cenário é especialmente preocupante nas regiões do Douro, Lisboa e Alentejo, que somam uma perda conjunta de 679 mil hectolitros face à campanha anterior.
Segundo a nota informativa do IVV, o volume agora previsto representa menos 12% do que a média das últimas cinco campanhas, traçando uma tendência negativa no setor. A maior quebra é no Douro, com menos 20%, seguida por Lisboa e Alentejo, ambas com descidas na ordem dos 15%.
Esta redução deve-se à instabilidade meteorológica, que criou condições favoráveis ao desenvolvimento de doenças fúngicas, comprometendo a quantidade e qualidade das uvas. O IVV destaca ainda que as condições climatéricas até à vindima serão determinantes para o desfecho final da colheita.
A campanha 2025/2026 poderá assim traduzir-se num dos períodos mais desafiantes para a vitivinicultura nacional, exigindo redobrada atenção e resposta por parte dos produtores e entidades do setor.