As preocupações constam de uma pergunta dos comunistas, consultada esta segunda-feira pela agência Lusa na página de Internet do Parlamento, subscrita pela deputada do PCP Paula Santos e dirigida ao Ministério das Infraestruturas e Habitação.

“A importância desta estrada em termos de mobilidade é inquestionável, dado que centenas de utentes estão impedidos de utilizar esta via estruturante entre diversas localidades”, salientou, na pergunta, a parlamentar comunista.

Segundo Paula Santos, a EN261 está totalmente cortada ao trânsito ao quilómetro 45, junto à cidade de Santiago do Cacém, desde agosto de 2023, devido a obras de uma passagem ferroviária.

 “Esta estrada é uma infra-estrutura fundamental no acesso ao Hospital do Litoral Alentejano, mas também a Vila Nova de Santo André, a cidade com mais população da região do Litoral Alentejano”, salientou.

Assinalando que a empreitada “já vai em dois anos”, quando tinha um prazo de execução de 10 meses, a deputada frisou que “não se pode permitir que esta obra continue a ultrapassar largamente o prazo que inicialmente estava previsto”.

Paula Santos lembrou ainda que a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém organizou, no dia 2 deste mês, uma concentração contra o atraso das obras e o consequente corte do trânsito na EN261.

 “No final desta acção de luta, foi aprovada, por unanimidade e aclamação, uma resolução expressando o descontentamento e indignação das populações afectadas, a qual foi dirigida à Assembleia da República e ao Governo”, acrescentou.

Com a pergunta, o PCP pretende obter explicações do Governo sobre os motivos do atraso nas obras da passagem ferroviária e informação sobre que medidas estão a ser tomadas para assegurar a sua rápida conclusão.

No início deste mês, uma fonte da Infraestruturas de Portugal (IP) revelou que a reabertura ao trânsito da EN261, em Santiago do Cacém, estava prevista para o 3.º trimestre deste ano.

De acordo com a IP, esta intervenção realiza-se no âmbito da empreitada de modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul actualmente em curso, que tem por objectivo a substituição desta passagem ferroviária.